segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Documentos
Como o prometido... Here I'm...Essa historinha fofa (eu pelo menos achei) foi escrita por minha singela pessoa. 8)
Já faz um tempinho que estou para postar. Espero que gostem.
"Fico frustrada nesse mundo, onde muitos se preocupam em guardar documentos, mas se esquecem de guardar abraços."
Documentos
Era um dia frio e branco, a neve já tomava conta das ruas e continuaria cada vez mais através de flocos de neves que persistiam em cair do céu embranquecido. Um senhor de aparentemente trinta e cinco anos de idade saía de seu escritório com milhões de papéis importantes do trabalho. Alguns estavam em uma pasta e outros simplesmente estavam em sua mão. Ao seu lado havia uma pequena garota que aparentava cinco anos ou menos. Ambos saíam do escritório para retornar para casa.
- Sua mãe chegará mais tarde do serviço hoje. – informou o homem à filha. – Vou cuidar de você, portanto comporte-se! Espero que não me dê aborrecimentos, querida. Você sabe como é, sua mãe cuida de você e eu cuido das duas trabalhando. Tenho que terminar de olhar uns documentos em casa. Vai ficar quietinha, não vai?
A menina assentiu com a cabeça. Em seguida um vento frio soprou fazendo-a abraçar-se durante alguns segundos. O vento continuava soprando enquanto ela observava o homem trancando as portas, até que ele se aproximou dela para se dirigirem para casa, que não era pouco mais de dois quarteirões do escritório. Imediatamente ela tirou os braços de si mesma e estendeu a mão ao pai, mesmo se desprotegendo do frio. Ele mal olhou para ela, estava concentrado em não derrubar nenhum dos importantíssimos papéis que carregava.
- Desculpe, querida. Não posso dar as mãos agora. Se eu perder esses documentos vou estar encrencado.
Ela olhou para baixo, mas não demonstrou decepção, em seguida voltou seu olhar para frente. A rua branca era fascinante para ela. Começou a se movimentar para correr em direção a neve, queria brincar. O pai furioso conseguiu detê-la, mas ao fazê-lo, uma das folhas que estava em suas mãos voou com o vento. Ele mordeu os lábios e pegou a folha a tempo. Enquanto caminhava com a filha para casa explicava extremamente irritado que não era hora para brincadeiras, estava cansado e que ela quase o fizera perder um papel muito importante.
Ao chegarem em frente de casa, ambos se aproximaram da porta. O homem procurava as chaves para abri-la e não se deu conta que a menina corria pelo jardim no meio da neve. Ao perceber, foi tomado pela fúria novamente e correu atrás dela.
- Volte aqui, IMEDIATAMENTE!
Mas a menina não obedeceu.
- AGORA! Entre em casa!
Então ela pegou alguma coisa na neve, já molhada e voltou até o pai. Estendeu para ele a mão, que estava muito fria e nela havia um papel. O homem olhou fixamente para o conteúdo das mãos de filha.
- Um dos seus papéis caiu, papai. Eu fui pegar.
A pequena garota sorriu de leve e esse sorriso juntado a atitude dela ao salvar um dos documentos do pai desarmou-o completamente. Sua reação foi a única possível de se esperar diante de um sorriso infantil tão puro. Sorriu juntamente com ela e carregou-a para a casa adentro amassando alguns de seus papéis.
- Nenhum documento no mundo me trouxe a felicidade que você trouxe nessa simples ação. Perdoe-me por dar tanto valor a eles e me esquecer de que o importante são pessoas como você, que me valorizaram verdadeiramente. Só quero que saiba que eu te amo.
Mais uma vez ambos sorriram. O pai encostou sua testa junto à da menina e segurou seu rosto. Fitou os olhos azuis da filha exatamente iguais aos seus.
Marcadores: abraço, neve
Posted by Mari @ 20:02
2 Comments
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Nicole Ayres said...
Eu já tinha lido o texto! Super fófix *-* Gostei da frase de introdução =)
15 de setembro de 2009 às 21:28
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Unknown said...
As vezes a gente fica tao ocupado com as preocupaçoes da vida que esquecem as coisas de valor ao nosso lado! muito lindo mari!!
18 de setembro de 2009 às 19:57
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Nicole Ayres said...
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"Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar." (Abraham Lincoln)